Todo aquele que já teve a oportunidade de dirigir um veículo em condições adversas de chuva e acúmulo de água na pista já deve ter feito a si mesmo o seguinte questionamento: avançar ou parar? Essa é uma pergunta muito razoável de ser feita pelo empreendedor em momentos de crise.
Assim como na situação relatada com o veículo, a resposta não é única e vai depender das diversas variáveis envolvidas. Basicamente a principal pergunta baseia-se na possibilidade de manter o veículo em funcionamento, em condições no mínimo aceitáveis. Ou em nosso universo empresarial, a condição de manter a empresa funcionando para atravessar o período de crise.
O que determina se devemos avançar ou parar?
Para obtermos esta resposta deve-se fazer a seguinte pergunta: por quanto tempo é possível manter a empresa a funcionar antes de uma “pane”?
Cabe uma ressalva à linha de raciocínio que vamos seguir: muitas vezes um caminho cheio de água é um ótimo atalho para àqueles que possuem veículos em condições de enfrentar a dificuldade. Ou seja, se seu projeto de empreendedorismo é capaz de aproveitar claramente o momento de crise, então é provável que isto tudo faça você chegar primeiro ao destino, ao contrário de todos os que precisam desviar sua rota!
Mas quando esta certeza não é possível de ser obtida, o que fazer?
É preciso “olhar para o caminho” e analisar as condições imediatas e identificar se existe condição de avançar. E para isso o fator tempo é fundamental! Desse modo, com as condições que consigo identificar à frente, minha empresa possui condições de sobreviver a x meses. Não se trata de quanto dinheiro sua empresa tem, mas sim de quanto tempo ele vai durar!
Até onde é seguro avançar?
Para esta análise ser o mais realista e abrangente possível é imprescindível um exercício de análise dos riscos envolvidos pois o principal item a ser definido (Quanto tempo minha empresa sobrevive?) só será respondido se soubermos “Qual é o ponto onde preciso parar?”. E este ponto de paragem pode ser modificado de acordo com os riscos que sua empresa irá enfrentar. Um cenário otimista pode contar que todos os clientes irão manter contratos/compras. Mas é preciso ter um cenário onde o risco de perda de faturação esteja presente. E neste caso, a pergunta “Quanto tempo o dinheiro irá durar?” já teria uma outra resposta.
Outro ponto importante a ressaltar é a preparação emocional/psicológica do empreendedor para lidar com o momento de pressão e adversidades. É preciso buscar condições de manter-se pronto à tomada de decisões após “análises desapaixonadas”, enfrentando o medo, o stress e a incerteza.
Continuidade do negócio
Tal qual como na estrada inundada, é preciso identificar até onde é seguro avançar com a empresa antes de comprometê-la. É preciso ter a consciência de que “a água só pode subir até certo ponto”, e isto ocorrendo, é preciso parar IMEDIATAMENTE e sair. Antes de comprometer até mesmo o patrimônio pessoal do sócio e seu futuro.
Esta análise sobre a viabilidade de iniciar um negócio em meio à crise deve vir do Plano Previsional de Tesouraria em um Plano de negócios ou, caso seja uma empresa já em operação, do Mapa de Tesouraria Provisional. É fundamental conseguir enxergar a previsão à frente para determinar a continuidade do negócio.
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